Assinala-se neste domingo, 19 de Novembro, o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Estrada. Incapazes de travar a sinistralidade rodoviária que continua a ser a segunda maior causa de morte dos angolanos, João Lourenço orientou a sua “gatinha” de estimação, Esperança da Costa, vice-presidente da República, a “miar” por ajuda do povo que só quer… pão.
Por Geraldo José Letras
No dia em que assinala o décimo aniversário da institucionalização do Dia Mundial em Memória das Vítimas de Estrada, a vice-presidente da República, Esperança da Costa, pede às famílias, comunidades, escolas, academias, as igrejas e outros representantes da sociedade civil, para desenvolverem uma acção conjunta para “devolver às estradas angolanas a tão almejada segurança rodoviária”.
Sem apresentar argumentos de razão para o povo que só quer pão, Esperança da Costa acredita ser possível “fazer mais e melhor em nome da segurança rodoviária e da preservação do bem vida”, por isso pede ajuda para “conjugar esforços e agir em conjunto para a inversão da actual situação, marcada pelas elevadas taxas de acidentes, mortes, mutilações e danos materiais”.
“Precisamos de reflectir na mudança de rumo e nos desafios colectivos que temos de enfrentar, com vista a alcançar a desejável paz e segurança na estrada”, defendeu a “gatinha” de estimação de João Lourenço nas funções de Vice-presidente da República sem mérito, Esperança da Costa.
DADOS ASSUSTADORES
De Janeiro de 2022 a Junho deste ano, morreram nas estradas do país 4.433 (quatro mil, quatrocentos e trinta e três) pessoas, e 24.044 (vinte quatro mil e quarenta e quatro) ficaram feridas.
Os dados são da Direcção de Trânsito e Segurança Rodoviária do Comando Geral da Polícia Nacional que se mostra preocupada com o número de acidentes de viação registados nas estradas do país.
De acordo com as estatísticas a que o Folha 8 teve acesso junto da Direcção de Trânsito e Segurança Rodoviária do Comando Geral da Polícia Nacional, Luanda continua a ser a província onde mais se morre nas estradas, com 1.712 acidentes registados, seguida pela Huíla com 614, Benguela com 549 e Huambo com 528 acidentes.
Excesso de velocidade, condução sob excesso de álcool, principalmente aos fins-de-semana e feriados, desrespeito das regras de trânsito, travessia de peões em locais impróprios, falta de precaução dos automobilistas, falta de iluminação pública e mau estado de muitas estradas estão na causa dos acidentes que não param de matar muitos angolanos sob o olhar despreocupado do Executivo de João Lourenço que, até ao momento e mesmo com a aprovação do Plano Nacional de Prevenção e Segurança Rodoviária 2023-2027, no dia 29 de Maio deste ano. que define as “linhas mestras” das políticas públicas de segurança rodoviária, não conseguiu reduzir para 50% a sinistralidade rodoviária.
Numa ronda feita pela reportagem do Folha 8 aos vários pontos da capital do país, muitos foram os taxistas que demonstram desconhecer o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Estrada que neste domingo se assinala.
Para os homens do volante “essa data é indiferente para nós angolanos, que só queremos comida”, disse o taxista Pedro Filipe, antes de ser interrompido pelo seu colega Victor dos Santos para quem a data só é importante para o Governo que “gosta de vender discursos que só o inglês ouve, porque o Presidente está nem aí para os acidentes que o governo é o principal culpado que só constrói, mas se esquece de recuperar e melhorar as estradas que estão mal”.
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